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Posts da categoria ‘Conferência de Saúde’

Galeria: Conferência Municipal de Saúde 2011

Abertura do eventoSérgio Doszanet faz discurso de aberturaPalestra de aberturaPalestra de aberturaPalestra de aberturaPalestra de abertura
Mesa de debateO grupo número quatro foi o que teve maior número de participaçõesDiscussão da carta final da IX Conferência Municipa de Saúde de Ponta Grossa

Conferência Municipal de Saúde, um álbum no Flickr. Clique nas fotos para ampliar.

Qual é a função do Conselho Municipal de Saúde? De que forma posso participar?

Sérgio Doszanet, presidente do Conselho Municipal, na abertura da Conferência

O Conselho Municipal de Saúde existe desde 1990 em Ponta Grossa, regulamentado pela lei federal 8.192. O órgão tem como funções: fiscalizar as ações do governo municipal, discutir planejamentos e melhorias para o sistema de saúde e aprovar a prestação de contas da Secretaria Municipal de Saúde.

O Conselho é consultivo e deliberativo, tendo a participação de 24 membros (12 entidades representantes dos usuários, 6 dos gestores e 6 dos trabalhadores). A eleição dos membros é feita a cada 2 anos. As reuniões são abertas para a comunidade e ocorrem quinzenalmente na sede do Conselho. Leia mais

Acessibilidade na saúde é tema da IX Conferência Municipal

A IX Conferência Municipal de Saúde de Ponta Grossa aconteceu nos dias 22 e 23 de julho.  Delegados aprovaram o regimento interno e se dividiram em 10 grupos de discussão, resultando em propostas para a carta final de propostas que devem ser seguidas pela Prefeitura. A abertura do evento foi uma palestra com a temática “Acessibilidade no Sistema Único de Saúde”, ministrada pelo arquiteto Ricardo Tempel Mesquita.

 

“A proposta do SUS é uma das melhores do mundo, mas é preciso superar a ideia de que saúde barata é para os pobres. É preciso ter um processo de planejamento, transparência e responsabilidade”, foi assim que Ricardo Tempel Mesquita iniciou a palestra da IX Conferência Municipal de Saúde de Ponta Grossa. Apesar da temática acessibilidade (que significa incluir os portadores de deficiência no acesso igualitário aos ambientes e às mais variadas atividades sociais), Tempel também falou sobre a importância da participação popular nos movimentos políticos. “É a partir da mobilização coletiva que podemos transformar uma possibilidade em realidade”, afirmou. Na prática, a participação foi baixa. Cerca de cem pessoas compareceram ao evento de abertura.

No dia seguinte, logo no início da manhã, iniciou-se a divisão dos delegados nos grupos de debate. Ser delegado em uma conferência significa possuir direito de voto nas discussões, enquanto que os observadores têm direito de expressar sua opinião, mas sem o poder de alterar ou votar contra uma proposta caso não concorde. Os delegados foram divididos em quatro categorias diferentes: usuários (utilizam o SUS), trabalhadores (enfermeiros, médicos, dentistas), prestadores de serviço (profissionais terceirizados) e os gestores (representantes da prefeitura e da secretaria de saúde).

Da esq. para dir. os delegados Cleo Smiguel, Juliana Maciel, Sérgio Doszanet e Marcelo Maravieski

Segundo Sérgio Doszanet, presidente do Conselho Municipal de Saúde, o objetivo principal da Conferência é estabelecer ações para os próximos quatro anos (2012-2015). “As exigências feitas pelos participantes serão enviadas para a Prefeitura, que responderá ao Conselho quanto ao cumprimento ou não das metas”, diz. Para Doszanet, devido à importância das discussões da Conferência, a expectativa de participantes era maior. O número de vagas para delegados era de 302, mas apenas 167, pouco mais da metade, foram preenchidas. A relação foi de 64 usuários (para 152 vagas), 37 trabalhadores (para 76 vagas), 28 prestadores de serviço (para 38 vagas). O grupo dos gestores foi o único que completou sua cota, também de 38 vagas.

“O número de representantes dos usuários deveria ser bem maior, pois infelizmente é o elo mais fraco”, comenta Vera Lúcia Leal Wosgerau. Ela representa o grupo dos trabalhadores e participa pela segunda vez da Conferência. “A discussão irá resultar em planos para o que o povo precisa. É preciso equilibrar as políticas de ação com a relação humana e social”, diz.

Mirian Malherbi Reusing, que é professora e coordenadora pedagógica, tem orgulho de dizer que participou das nove Conferências Municipais representando o setor dos usuários. Segundo ela, houve uma evolução na participação: “antes era tudo limitado para quem participa da área da saúde, mas agora é possível ver uma diversidade de temas e pessoas, de diferentes níveis de conhecimento”, conta.

Para Simone de Fátima Heusi, moradora do Rio Verde e usuária do SUS, a Conferência abordou uma temática que ela enfrenta diariamente: a ausência de acessibilidade nos locais públicos. Devido ao nascimento prematuro, Simone ficou paraplégica. “Por um bom tempo, me sentia invisível. Agora eu vejo como é importante participar de grupos, associações, para que a gente mostre que existe. Devemos exigir que o pensamento das pessoas mude nesse sentido, tentar se colocar no lugar do outro”, diz.

A Conferência teve 167 inscritos para delegados

A assistente social Juliana Mayer também concorda que a solidariedade é um fator essencial para que a saúde se torne de fato humanizada. “Compreender uma realidade diferente da nossa é o primeiro passo. Acho que a palestra contribuiu muito pra isso. Precisamos de um SUS melhor planejado e gerenciado, pois muito deixa de ser feito por causa da política e não do social. Como podemos dizer que a saúde é integral se temos pessoas sendo barradas na porta do postinho?”, afirma.

Dos 10 grupos temáticos de discussão, o único que está mais ligado às discussões sobre a saúde da mulher é o da eqüidade. Entretanto, na IX edição da Conferência, a subdivisão do tema era específica para as seguintes minorias: deficientes, idosos e população negra. Confira a listagem dos grupos:

1- Equidade em Saúde: Das pessoas com deficiência, idoso e população negra (cerca de 15 participantes)

2- Saúde Mental: Direito e consciências (cerca de 10 participantes)

3- O Paraná e a Norma Operacional Básica de Recursos Humanos para o SUS (6 participantes)

4- Vigilância em Saúde: Promoção da saúde, prevenção a doenças e outros agravos (mais de 30 participantes)

5- Política de Saúde do Trabalhador no Paraná (15 participantes)

6.1- Termo de Compromisso de Gestão – Responsabilidade dos Gestores (cerca de 10 participantes)

6.2- Termo de Compromisso de Gestão – Responsabilidade dos Gestores (25 participantes)

7- O Uso da Comunicação para o Fortalecimento do Controle Social (cerca de 10 participantes)

8- DST/HIV/AIDS/Hepatites Virais: Financiamento do Controle Social (cerca de 10 participantes)

9- Financiamento da Saúde: responsabilidade, prestação de contas e a importância do controle (6 participantes)

Confira galeria com mais imagens da IX Conferência Municipal de Saúde de Ponta Grossa

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