Programa de Saúde da Família: a humanização como foco
Ponta Grossa possui três tipos diferentes de postos de atendimento à população: as Unidades Básicas de Saúde (UBS), o Programa de Saúde da Família (PSF) e os Centros de Atenção à Saúde (CAS). Cada um deles possui estratégias e tratamentos específicos e estão distribuídos em diferentes áreas da cidade.
As UBS contam com médicos especialistas (como pediatras, ginecologistas, cardiologistas, etc) espalhados aleatoriamente pela cidade. O médico faz as consultas de acordo com a necessidade daquela unidade. O foco é o atendimento assistencial.
Os CAS contam com atendimentos emergenciais, além dos demais que são priorizados por hora de chegada. Ponta Grossa conta com quatro unidades (nos bairros Oficinas, Uvaranas, Nova Rússia, além de outro na região central).
O PSF, por sua vez, tem como objetivo o vínculo do morador com aquela unidade, inclusive com o histórico familiar e atendimento médico com consultas regulares. O médico faz o acompanhamento geral dos exames e, caso necessário, encaminha para outro profissional especialista. A humanização do atendimento está mais presente nesse tipo de unidade.
“O diferencial do Programa de Saúde da Família é a proximidade. O usuário recebe a visita de profissionais em sua casa”, afirma Antônio Arinaldo Lopes da Silva, gerente do Programa em Ponta Grossa. Segundo ele, é a partir da temática de prevenção que a promoção da saúde pode se tornar realidade nos bairros.
Para Isaias Cantoia Luiz, representante da 3a. Regional de Saúde de Ponta Grossa e professor de Políticas de Saúde Pública, é o planejamento das distribuições dos postos de PSF nas regiões periféricas que evita a superlotação nas unidades restantes, como o CAS. “Além da questão da prevenção, o PSF possui um vínculo com o usuário e há uma cobrança direta para que ele permaneça saudável”, completa.
Atualmente, existem vinte e três unidades do PSF, totalizando trinta e nove equipes que atendem comunidades específicas. “A ideia é que em cada bairro, o posto consiga suprir as necessidades e exigências locais, que são diferentes em outra área”, explica Antônio.
O Programa de Saúde da Família começou em 1992, mas só foi implementado efetivamente em 1994. Tendo como objetivo a melhoria da atenção à saúde básica no Brasil, segundo dados do governo de 2004, atinge cerca de 36% da população. Em Ponta Grossa, são mais de 140 mil pessoas cadastradas no Programa, segundo Antônio.
O PSF possui uma rotina definida, dividida entre atendimentos específicos para: pré-natal, diabetes, hipertensão, idosos, visitas domiciliares, além dos atendimentos emergenciais e as consultas marcadas. As equipes do Programa são formadas por: um médico, uma enfermeira, um dentista, um técnico em enfermagem, um auxiliar de saúde bucal, uma zeladora e o número necessário de Agentes Comunitárias de Saúde. O horário de funcionamento dos PSFs é das 7h ao 12h e da 13h às 16h.
Isaias Cantoia Luiz explica as diferenças dos serviços públicos de saúde:
Antônio Arinaldo Lopes da Silva define o PSF:
Maria Iolanda de Oliveira, professora de Serviço Social, faz a relação entre o PSF e o trabalho das Agentes Comunitárias de Saúde (ACS)
Confira a lista dos postos da cidade e veja qual é o mais próximo de você.
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